Artes plasticas naif sinval medeiros

Retratando são paulo

sexta-feira, 12 de julho de 2013

O vagabundo iluminado sinval medeiros em sao paulo Biografia inicio de pagina

                           O vagabundo iluminado sinval medeiros

Biografia escrita por marcos tavolieri milito pagliara

Vou contar para vocẽs a historia de um personagem que conheci nas ruas de são paulo e que e uma historia muito rica para mim,Seu nome sinval medeiros e como e um dia de um morador de rua que teve uma visão do sobrenatural de Deus,E ele se tornou um dos maiores artistas plasticos reconhecido no brasil e no exterior
 Fez me lenbrar outro personagem extraordinario que conheci nas ruas das cidade nos anos 80 quem conheceu o profeta gentileza, e tambem teve sua historia de iluminação.mas este era um filosofo e professor de grego e latim Agora ja são dois os iluminados que conheci nas ruas desta grande cidade.Ele tinha algumas coisa que eu não sabia definir o quẽ... como se não precisasse de nada ou de ninquem. ja ia passando por ele,mas aquele homem ali largado prendeu minha atenção,Era como estar ao lado de uma criança ou santidade, não sei bem.não era um simples ninquem.aparentava serenidade. parecia possuidor de algum segredo. seu sorriso era placido e calido como os finais de tarde.
Foi então que reparei que tinha nas mãos um pincel e que apoiado ao muro ao seu lado havia uma tela sobre um cavalete tosco feito de ripas de compensado e nesta tela uns rabisco indefinidos feito com uma força sobrenatural que me paralisaram com um direto de esquerda.
parei a bicicleta e derci.a maneira como aquelas linhas estavam riscada... movimentos sinuosos feito por um espadachim samurai. linhas virtuosas.sem hesitação, vindas de uma mente reta. estava ali tracejado naquela tela ao tempo, o contorno da propria praça em que estava caido inconsciente fazendo aquela aquarela parecer mais real e viva que a propria praça que o acolhia. O homem que havia começado a rabiscar aquela tela era sem duvida aquele ali caido com o pincel ainda em uma das mãos.
Fiquei ali parado sem saber o que fazer. nas aquarelas tracejadas por aquela figura desmanchando-se em sorrisos que so eu via,talvez estivesse desenhado o oasis que ha tanto tempo buscava.
deitado com a cabeça em uma pedra chata, o homem tinha um sono pesado e profundo. aproximei-me e comecei a observa-lo. seu modo fazia a tarde agitada realmente parecer calma e suave.
O sol daquela tarde continuava forte e não sei se por isso ou se por alguma bebedeira,suas faces estavam vermelhas e inchadas.nem se mexia quando,vez ou outra alguma varejeira pousava sem cerimônia em seu rosto, passeando por suas narinas grossas e pelos labios rachados.tive vontade de espanta-las,mas não tive coragem.
Então encostei minha bicicleta no muro e,discretamente,me coloquei entre ele eo sol. dar-lhe sombra talvez fosse a unica coisa que podia fazer em agradecimento a sua frase.Com certeza não teria ainda cinquenta anos.o que me impressionava alem do corpo magro,mas com formatura robusta,e suas mãos grossas e os dedos amassados que mal podiam segurar as moedas que esmolava...como então poderia segurar o pincel e riscar aqueles traços vertiginosos.mas la estava a tela explodindo em cheio na minha cara.
Permaneci ali um tempo, paralizado,como que a espera de alguma coisa.osol ja baixando,e percebi que ja podia fazer sombra em seu rosto se me sentasse. aos poucos fui me incorporando aquela paisagem. tambem eu era agora um vagabundo, sentia-me orgulhoso por isso. como isso era possivel,Ali estava eu,ao lado de alquem que era considerado a escoria,e que talvez nunca tenha sabido o que e experimentar ser desejado,querido e amado, mesmo que por um so instante.uma senhora que vinha em nossa direçao desviou-se e,visivelmente incomodada por existimos como parte do cenario de sua perfeita vida,atravessou para o outro lado da calçada.talvez pudessemos encontra-la toda estermecida distribuindo sopa de compaixão com os menos afurtunados nas noites de natal,como se aquela preocupaçao ocupasse todas as horas de sua existencia.mas não naquele momento real.E naquele instante percebi que as pessoas veem aquilo que querem ver.Que julgam os outros pelos seus medos e não pelo seu amor.E foi então que tive coragem de me ajoelhar a frente daquele farrapo e espantar com pequenos abanos de mãos as moscas que teimavam em importuna-lo o sol se escondeu por entre os predios e começou a esfriar.um sabia-laranjeira ficou tiritando aqui e ali com suas perninhas de graveto,nos fazendo companhia, sem se importar com as opiniôes alheias. aquele passaro nunca seria um marginal. Pertencia a outra categoria.estava a salvo dos julgamentos humanos e das senhoras impavidas. perambulava a cata das migalhas do pão que o andarilho havia deixado cair em sua ultima refeição.E por estar assim tão nesessitado das sobras de um mendigo,aquele sabia, de acordo com a minha classificação sobre a existencia, tornou-se o mais vagabundo entre nos,
e por isso mesmo,estrela da maior grandeza dentre todas que o universo ja produziu. fiquei imaginando que tipo de vida viveu esse homem.....Alquem que com certeza poderia rir de minha experiências, ou melhor, da falta delas.seria mudo ou surdo,sera que possuia alguma enfermidade contagiosa, alquem com uma profunda desilusão amorosa,talvez fosse um rejeitado que nunca tenha tido um lar,uma familia ou amigos, nem conhecido pessoas que o amassem.talvez ele fosse um pouco daquilo tudo que nem suspeitamos existir dentro de nos Era bandido,vagabundo,santo e pecador,padre,farsante,politico ou vendedor.e no momento em que ia me levantar para partir, o mendigo finalmente abriu os olhos.não despertou com a imprudencia do susto de alquem que esta sendo roubado.não se assustou como seria natural.havia aprendido a observar e a esperar seu corpo se endureceu um pouco.seus olhos me percorreram lentamente examinado meu calçado,minhas roupas,meus braços.deteve-se em minhas mãos,e logo deve ter percedido que afeitas ao trabalho duro.esse era o sinal que definitivamente nos colocava em mundos diferentes.porfim, lançou-me um olhar direto e penetrante.senti um arrepio,mas me mantive atento diante daqueles olhos que não piscavam.
A tela e sua,-apontei para o cavalete no muro.Ele não respondeu a principio.aquela pergunta poderia ter muitas implicações com os cotovelos no chão, ficou me encarando,tentando formar uma ideia sobre minha pessoa,sobre o que eu representava,se eu era uma ameaça ou não a sua pessoa e ao seu territorio.mas talvez minha pouca idade, meu rosto quase infantil e minha voz adolescente o tenham desarmado.Você gostou- disse por fim, convencendo-se de que eu não era mais do que um simples garoto cuiroso.Obrigado,era o que eu estava precisando ver.Disse isso com um gesto sincero,estendendo a mão.acho que fazia muito tempo que aquele homem não dava a mão para alquem.não estava acostumado a cumprimentos e sentiu-se embaraçado em apertar a minha,e por isso o fez com o cuidado que um urso pardo teria apalpando um delicado favo de mel.Eu e que agradeço a você De que,-perguntei intrigado,sem compreender. do sol.ah,ele havia reparado...seu tom de voz era rouco,mas percebi humor em seus olhos.
achei que você não ia acordar antes de eu ir embora-falei,ajeitando-me no chão ao seu lado.e não pretendia mesmo,quando percebi você em cima de mim.piscou os olhos,soltando uma gargalhada.achei que fosse me roubar ou me bater,e tratei de continuar fingindo que dormia ate que resolvesse levantar e partir.mas você não foi- continuou ele,divertido.não pude deixar de rir tambem.E desde quando você percebeu que eu estava protegendo o seu rosto do sol,perguntei ja imaginando que havia feito papel de idiota.na verdade, desde o momento em que começou a me abanar.....disse ele.mas isso foi ha uma hora,-me espantei trazendo na voz o meu protesto.eu sei.e que estava tão bom...ao inves de sentir indignação por sua atitude,bem la no fundo eu o vi reamente.e neste instante percebi que na verdade tudo estava certo e uma gargalhada explodiu de dentro de mim como ha muito tempo não fazia.Eu percebo as pessoas tão agitadas pela vida,desejo apenas lhes transmitir um pouco de esperança....-falou-comecei a tela pela manhã-completou orgulhoso.e um começo e tanto, algo sobrenatural-sorri e voltei os olhos para a tela.ficamos os dois por um momento em silencio a reverenciar as curvas sinuosas e vivas daqueles traços.eles tinham cor,cheiro e sabor.converssvam com o mais intimo da gente.

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